Quando se fala em câncer de mama, normalmente associamos a doença ao sexo feminino. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) aponta que os homens representam em torno de 1% dos novos casos que surgem por ano.

E o que se sabe da incidência da doença entre os transgêneros? Transexuais e transgêneros também podem desenvolver câncer de mama e por isto precisam consultar com o mastologista e realizar exames periódicos, além de manter hábitos saudáveis no dia a dia.

Uma pesquisa do “Univesity Medical Center”, em Amsterdam/Holanda, publicada em 2019, apontou casos de câncer em mulheres trans, após uma média de 18 anos ininterruptos de tratamento hormonal. O que chamou a atenção foi que o índice foi maior do que na população masculina cisgênero (pessoas que se identificam, em todos os aspectos, com o seu gênero de nascimento).

Por isto, é importante que as mulheres trans estejam atentas à realização de seus exames periódicos. Visite seu médico com regularidade.


Homens trans e o câncer de mama

A mesma pesquisa realizada pela Univesity Medical Center, em Amsterdam/Holanda, de 2019, mostrou que o risco geral de desenvolvimento de câncer em pessoas trans é baixo. Mas o Instituto Nacional do Câncer (INCA) chama a atenção para a necessidade de que pessoas transgênero seguem os protocolos de monitoramento, exatamente como o indicado para as pessoas cisgênero (aquelas que se identificam com seu gênero de nascença).

O que a pesquisa apontou é que há uma redução significativa na incidência em homens trans que se submeteram à mastectomia (cirurgia de remoção das mamas). Mesmo assim, a recomendação continua sendo a mesma – realização de exames clínicos anuais para pessoas com mais de 50 anos.

Para os homens trans que têm casos de câncer de mama na família, a recomendação da American Câncer Society, é de que sejam realizados exames anuais de monitoramento, já a partir dos 30 anos.

Mastectomia não zera risco de câncer de mama em homens trans

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, a mastectomia (cirurgia de retirada total das mamas) não zera os riscos de desenvolvimento de câncer de mama para os homens trans. É verdade que há uma redução, já comprovada, dos riscos de desenvolvimento da doença, mas ele ainda existe, porque há uma mínima quantidade de tecido mamário remanescente. Em casos de pessoas que têm o risco genético pela hereditariedade identificado, o monitoramento deve seguir todos os protocolos, e fazer exames de imagem periodicamente.

Fontes: Sociedade Brasileira de Mastologia e Instituto Oncoguia