Como acontece em todo o mundo, no Brasil a população também está envelhecendo – graças às tecnologias desenvolvidas pela área médica, a média de expectativa de vida no país saltou de 47 anos na década de 1950 para 76 anos a partir dos anos 2.000.

A Organização Mundial da Saúde ainda classifica como idoso todo indivíduo com mais de 60 anos – o Brasil tem hoje, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 30,2 milhões de pessoas nesta faixa etária, ou seja, em torno de 13% da população.

Com esta realidade, em um momento como este que vivemos, de enfrentamento de uma pandemia, esta faixa etária é motivo de preocupação extra. Por isto, governos de todo o Planeta empreendem uma verdadeira corrida para vacinar pelo menos suas populações de terceira idade.

O Brasil começou tarde a compra de vacinas para imunizar a população, e consequentemente demorou para receber as primeiras doses. Felizmente, nas últimas semanas temos tido o prazer de vivenciar em nossas famílias o acesso à primeira dose da proteção para nossos velhos – por enquanto ainda os acima de 75 anos. É empolgante ver nos veículos de comunicação e nas redes sociais os relatos emocionados das pessoas festejando que conseguiram vacinar um familiar. Esta é ainda a primeira dose, mas já é a concretização da esperança de que haverá vida normal num futuro próximo.

Vivemos hoje uma realidade que isola nossos velhos e os priva da convivência com filhos, netos, bisnetos, com os e os o bailinho, para os passeios no shopping, para os encontros de grupos de amigos que se deliciavam simplesmente com a convivência. Há um ano, nossos idosos aguardam em casa que chegue o momento da alforria para poderem sair e rever as pessoas que fazem parte dos seus círculos familiares, de amizade e até de trabalho.

Que seja logo. Que possamos viver livres novamente.