Defini-se como ginecomastia o crescimento benigno da glândula mamária em indivíduos do sexo masculino.

Há três períodos na vida em que a ginecomastia é considerada fisiológica.

No período neonatal, há um aumento transitório das mamas que se inicia em torno do terceiro dia de vida, mediante ação dos hormônios placentários transferidos pela mãe. Ocorre pequena intumescência mamária de curta duração, permanecendo por, aproximadamente, 14 dias.

Na puberdade e adolescência, a ginecomastia tem início entre 10 e 12 anos, prevalecendo dos 13 e 14 anos, involuindo completamente entre 16 e 17 anos. Pode ser explicada por um excesso de estradiol (hormônio feminino) na puberdade, contrapondo-se a um baixo nível de testosterona (hormônio masculino) por curto espaço de tempo. Ocorre em 30 a 60% dos adolescentes. Pode ser uni ou bilateral.

Na secnitude, ocorre em 40% dos idosos, podendo ser causada por atrofia testicular, com consequente diminuição de testosterona, por aumento da massa corporal, que causa elevada conversão de androgênio em estrogênio e ainda pelo uso de certos medicamentos.

Na maioria dos casos, podemos tranquilizar os pacientes, por se tratar de um processo fisiológico, sem relação com câncer, e que, na maioria das vezes, não há necessidade de cirurgia.

Em alguns casos, recomendamos avaliação com exames de imagem e dosagens hormonais. Quando o processo não se resolve espontaneamente, após certo período de observação, em casos individualizados, recomendamos correção cirúrgica.

Fonte: O que as mulheres querem saber sobre câncer de mama. As 100 perguntas mais frequentes. Boff RA e Wisintainer F. Editora Mesa Redonda Ltda, Caxias do Sul, RS, 2005, p 48-49.