Alterações genéticas, má alimentação e uso de hormônios estão entre as causas da doença nos homens

No Novembro Azul, a Sociedade Brasileira de Mastologia alertou que os homens também podem ser acometidos pelo câncer de mama. Apesar de a doença atingir, principalmente, mulheres, nos homens ocorre em menor quantidade – um caso diagnosticado para cada 100 casos em mulheres. A falta de informação e o preconceito são os principais inimigos da doença, já que os homens têm menor propensão a procurar médicos, e quando procuram encontram dificuldade de acesso.

Estudos mostram que a média de idade dos homens que apresentam a doença varia de 50 a 70 anos. Na maioria dos casos, a detecção é feita em estágio avançado, o que pode dificultar o tratamento e haver metástase. “O principal motivo dessa demora no diagnóstico é o preconceito. Pelo fato do câncer de mama ter as mulheres como alvo, há uma falta de conscientização sobre a importância dos exames de rotina. Entre as principais causas da doença nos homens estão as alterações genéticas e hormonais, alimentação rica em gorduras, excesso de álcool ingerido, além do uso de anabolizantes ou de hormônios”, esclarece o presidente da SBM, Antonio Luiz Frasson.

 

Segundo ele, a melhor maneira de combater a doença é a informação orientando os homens quanto à possibilidade de também terem câncer de mama, assim como manter hábitos saudáveis de vida, como alimentação balanceada, atividade física regular, redução do consumo de álcool, abolição do tabagismo, controles do diabetes e peso, além de procurar o médico regularmente. Quando existe a queixa de um nódulo, o diagnóstico é feito por meio do histórico do paciente e de exames como mamografia, ultrassonografia e biópsia do tumor. O tratamento dependerá do estágio do tumor, podendo ser feito através de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.

 O tratamento do câncer de mama masculino assemelha-se ao feminino. A cirurgia está indicada para praticamente todos os casos. No homem, devido ao pequeno volume mamário, a cirurgia consiste na retirada da mama e na realização de biópsia de um gânglio axilar, para avaliar a extensão da doença. Na presença de comprometimento axilar, realiza-se também a retirada de linfonodos axilares. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, menor a extensão da cirurgia e menor a necessidade de receber quimioterapia e radioterapia.

Fonte: Sociedade Brasileira de Mastologia