Hoje é comemorado o Dia Mundial da Saúde. A data, estabelecida pela Organização Mundial de Saúde, marca os desafios da saúde pública enfrentados ao longo dos anos. Este ano o tema do DMS (Dia Mundial da Saúde) é escolhido para melhorar a segurança dos alimentos desde produtor ao consumidor, no mundo todo.
A escolha desse assunto ocorreu pois foram ressaltadas ameaças globais decorrentes de alimentos inseguros. Cerca de 2 milhões de pessoas morrem por ano no mundo (sendo a maioria crianças) graças a danos causados por doenças transmitidas por alimentos. De acordo com o DMS é necessário uma ação de nível mundial, coordenada em toda a cadeia de abastecimento alimentar.
O lema destacado para o Dia Mundial da Saúde de 2015 foi “Do campo ao prato, tornar os alimentos seguros”. Em união ao DMS destacando os desafios e oportunidades associados à segurança alimentar, a diretora-geral Margaret Chan diz que “A produção de alimentos foi industrializada e seu comércio e distribuição foram globalizadas […] Essas mudanças introduzem várias novas oportunidades para que os alimentos sejam contaminados com bactérias, vírus, parasitas ou substâncias químicas.”
Além disso, Dr Chan acrescenta que “Um problema de segurança alimentar local pode tornar-se rapidamente uma emergência internacional A Investigação de um surto de doenças transmitidas por alimentos é muito mais complicada quando um único pacote de alimento contém ingredientes de vários países”.
Os alimentos não seguros pode conter bactérias nocivas, vírus, parasitas ou substâncias químicas, e causar mais de 200 doenças – desde diarreia ao câncer. Alguns exemplos de alimentos não seguros incluem os de origem animal, frutas e vegetais contaminados com fezes, e mariscos que contenham biotoxinas marinhas mal cozida.
Dia 2 de abril foram emitidos os primeiros resultados de uma análise mais ampla e de carga global, das doenças transmitidas por alimentos. Os resultados completos da pesquisa que estão sendo realizadas pela FERG (Foodborne Disease Burden Epidemiology Reference Group) estão previstos para serem lançado em Outubro de 2015.
Alguns resultados importantes estão relacionadas com infecções intestinais causadas por vírus, bactérias e protozoários que entram no corpo através da ingestão de alimentos contaminados.
Os números das pesquisas iniciais, a partir de 2010, mostram que:
– Havia uma estimativa de 582 milhões de casos de 22 doenças entéricas transmitidas por alimentos diferentes e 351.000 mortes associadas;
– Os agentes de doenças entéricas responsáveis pela maioria das mortes foram Salmonella typhi, E. coli enteropatogênica e norovírus;
– A região Africana registrou a maior carga de doença para doença de origem alimentar entérico, seguido pelo Sudeste Asiático;
– Mais de 40% das pessoas que sofrem de doenças intestinais causadas por alimentos contaminados eram crianças com menos de 5 anos.
– Alimentos inseguros também apresentam grandes riscos econômicos, especialmente em um mundo globalizado.
Os esforços podem ser reforçados através do desenvolvimento de sistemas de segurança alimentar que estimulam o governo coletivo e ação pública à lutar contra a contaminação química ou microbiológica de alimentos. E também devem ser tomadas medidas a nível global e nacional, incluindo o uso de plataformas internacionais, como o conjunto da INFOSAN (WHO-FAO International Food Safety Authorities Network), para garantir uma comunicação rápida e eficaz em situações de emergência de segurança alimentar.
Além disso, o público desempenha um papel importante na promoção da segurança alimentar, com os cuidados higiene e modo de preparo. Quando cozinhar alimentos específicos que podem ser perigosos (como o frango cru por exemplo), é importantíssimo ler os rótulos de “como fazer” e conferir as datas de validade. A “WHO Five Keys to Safer Food” explica os princípios básicos que cada indivíduo deve saber todo o mundo para prevenir doenças transmitidas por alimentos.
O diretor do Departamento de Segurança dos Alimentos e Zoonoses do DMS, Dr. Kazuaki Miyagishima, diz que “Muitas vezes é preciso uma crise, para criar-se uma consciência coletiva sobre a segurança alimentar […] Os impactos sobre a saúde pública e economia podem ser grandes. A resposta sustentável, portanto, é que se assegure os padrões, cheques e redes existem para proteção contra riscos de segurança alimentar. ”
O Dia Mundial da Saúde (DMS) está trabalhando para garantir acesso adequado, alimentos seguros e nutritivos para todos. A organização apoia os países para prevenir, detectar e responder a surtos em doenças transmitidas por alimentos acordo com o Codex Alimentarius, uma coleção de normas internacionais de alimentos, diretrizes e códigos de prática que abrangem todos os principais alimentos.
A segurança alimentar é uma questão de responsabilidade compartilhada, que exige a participação de setores de saúde não públicos (ou seja, agricultura, comércio, meio ambiente, turismo) e o apoio de grandes agências, organizações internacionais e regionais que operam nas áreas de alimentos, de emergência auxílio e educação. Ou seja, a participação de cada um de nós é essencial.
Fonte: who – organização mundial da saúde