A principal conclusão do ensaio randomizado e simples-cego publicado pelo Jornal Britânico British Medical Journal é que:

Três sessões de drenagem linfática durante três semanas reduzem para menos de um terço o risco de linfedema em pacientes operadas devido a um câncer mama. O efeito protetor dura pelo menos um ano.”

Segundo a primeira autora do estudo, Maria Torres Lacomba, na Espanha, “O linfedema é a principal complicação após a cirurgia com dissecção de linfonodos axilares

120 mulheres com câncer de mama participaram do ensaio e foram submetidas a uma cirurgia unilateral com dissecção axilar.

As mulheres do grupo experimental receberam durante três semanas nove sessões de fisioterapia que incluíram drenagem linfática manual, massagem do tecido cicatricial e exercícios, além de um programa educacional. Isso tudo, logo após a cirurgia.

As mulheres no grupo-controle receberam apenas o programa educacional.

Depois de passado um ano o resultado foi:

– No grupo-controle 14 mulheres (25%) haviam desenvolvido linfedema clinicamente importante (diâmetro do braço afetado pelo menos 2 cm maior do que o contralateral). – No grupo experimental, apenas 4 mulheres (7%) desenvolveram linfedema (razão de risco: 0,28).

Apesar de limitada, a evidência sugere que a fisioterapia é útil [nesses pacientes]”, escreve em editorial Andrea Cheville, da Mayo Clinic, em Rochester, nos EUA.

Ela ressalta, porém, que os fisioterapeutas do estudo eram bem treinados nas técnicas usadas. E como há tratamento eficiente para o linfedema, os clínicos “devem considerar encaminhar as pacientes para fisioterapia”.

Fonte: bemestarmed