A Organização Mundial da Saúde definiu pela primeira vez, em 1947, qualidade de vida como “um estado de completo bem–estar físico, mental e social, e não meramente como a ausência de doença ou enfermidade”.

A qualidade de vida é resultado da combinação de fatores subjetivos (como o grau de satisfação geral de um indivíduo com a própria vida) e de fatores objetivos, como o bem-estar material, boas relações familiares, disposição para tratamento do câncer, a segurança em relação ao acompanhamento médico, enfim, vários itens que somados proporcionam tranquilidade, confiança, segurança, bem-estar. A qualidade de vida precisa suprir as necessidades humanas integrais, em seus aspectos físicos, psicológicos, sociais e espirituais.

A qualidade de vida deve ser considerada durante todas as fases do tratamento de um paciente com câncer. De fato, todos os sintomas e problemas próprios do câncer e ao seu tratamento podem afetá-la, tais como as limitações nas suas atividades diárias, toxicidade advinda da quimioterapia e perda da autoestima. Muitos pacientes ainda experimentam mudança no emprego, nas relações sociais, na capacidade física e no seu papel dentro da família.

Na última década, o impacto psicossocial do câncer tornou-se um aspecto central tanto no que tange aos cuidados com a doença quanto às pesquisas sobre ela. Várias pesquisas sugerem que problemas de funcionamento sexual são comuns, mas há também declínio da qualidade de vida, imagem corporal, humor e relações familiares.

A qualidade de vida desses pacientes não pode mudar, sua rotina deve ser mantida, não podem ser vistos com diferença. Então cabe aos profissionais da área da saúde, aos familiares, aos colegas de trabalho, tentar minimizar essas transformações vividas pelo paciente oncológico.

Fonte: Jornal NH – Caderno Viver com Saúde – 2010