Com o título acima, artigo publicado no site da Sociedade Brasileira de Mastologia sobre cuidado com a gravidez após câncer de mama.

Conheça as recomendações da Sociedade Brasileira de Mastologia para quem decide gerar um filho após o tratamento do câncer de mama.

A decisão de gerar um filho após o tratamento de um câncer de mama deve ser vista com muita cautela pelas mulheres, principalmente em relação ao momento certo para a gestação. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que a gravidez seja bem planejada e acompanhada pelo mastologista, já que a maioria das mulheres que passou pela quimioterapia pode ter afetado o patrimônio folicular ovariano e, neste caso, a chance de ovular durante e logo depois da quimioterapia é menor.

Como o tratamento contra o câncer de mama é agressivo, a quimioterapia pode destruir os óvulos ou induzir a uma menopausa precoce, dificultando assim a gravidez. “Por isso é comum que alguns médicos sugiram o congelamento dos óvulos da paciente antes do início do tratamento. Assim, ela poderá recorrer a uma fertilização in vitro (FIV) posteriormente, caso necessário, deixando as mulheres mais seguras”, explica o médico mastologista Rafael Szymanski Machado, da Sociedade Brasileira de Mastologia.

Segundo Rafael, o ideal é que a mulher aguarde o final do tratamento para que uma nova avaliação identifique o melhor momento para a gestação. “Essa espera depende de cada caso, embora existam mulheres que ficaram grávidas naturalmente e amamentaram normalmente após o tratamento do câncer de mama”, afirma. Mas as restrições ao tempo podem mudar de uma mulher para outra. O importante é quanto mais tempo se passar e o câncer de mama não voltar mais seguro é para que a paciente engravide.

Já no caso das mulheres mastectomizadas, a retirada da mama e os ductos mamários tornam impossível a amamentação. “Mesmo em cirurgias parciais, se o tratamento envolver radioterapia, a produção de leite pode ficar comprometida porque a radiação afeta as células produtoras de leite, apesar de ser totalmente possível a amamentação pela mama operada e irradiada”, completa ele.

Fonte: sbmastologia