O que parece uma novidade, na verdade existe há bastante tempo. Notícias e informações mentirosas sempre existiram e sempre fizeram muito mal aos envolvidos.
A sociedade moderna passou a lidar com muito mais frequência com as falsas notícias a partir das mídias sociais e dos sites de busca. Atualmente, estas falsas ou equivocadas notícias chamamos de “fake News”.
Sabemos que são nocivas em todas as áreas, mas na área da saúde, elas tomam proporções desastrosas e nem sempre são reveladas. Na verdade as “fake news” são um perigo, pois semeiam inverdades e plantam desconfiança nos meios de comunicação. Para os mais crentes e descuidados quanto à qualidade das fontes, na maioria das redes sociais, as “fake news” acabam consolidando falsos conceitos que acabam definindo julgamentos equivocados.
Nesta última eleição presidencial observamos a profissionalização das “fake news” como ferramenta para confundir o eleitor brasileiro. O mesmo fenômeno já havia acontecido anteriormente nas eleições americanas e são motivo de preocupação em muitos países.
Na área da saúde, o número de “fake news” toma proporções significativas. Alguns profissionais, espalham falsas notícias para autopromoção e não hesitam em expor pacientes, “fake” ou não, como confirmadores das mentiras juradas ali.
OUTRO PONTO MUITO SÉRIO E IMPORTANTE SÃO AS VENDAS DE PRODUTOS E MEDICAMENTOS MILAGROSOS.
Dietas incríveis acabam virando moda e somem com o tempo, pela falta de verdade e comprovação. Na verdade, a mentira virou um negócio rendoso para profissionais inidôneos. Muitas “neoespecialidades” que se mostram como práticas são criadas através das “fake news” e de redes sociais. Respaldadas em conceitos fúteis, ferem de morte a fisiologia humana, mas seduzem pacientes que esperam soluções fantasiosas.
COMO LIDAR COM A FAKE NEWS QUANDO O PACIENTE CHAGA AO CONSULTÓRIO E NOS CONTA QUE LEU SOBRE ISSO OU AQUILO E JÁ ESTÁ SE TRATANDO “A MANEIRA DO QUE LEU”??
Pior ainda quando ele mesmo estuda seus exames e se automedica, porque o “Dr. Google” lhe ajudou!
Primeiro, a pessoa tem que entender que as mídias e sites são construídos por pessoas e em muitíssimos casos, a maioria dos sites de busca, possuem um compromisso comercial. Mesmo que existam algumas regras quanto a verdades, as possibilidades de controle e as facilidades de “burlar códigos” são imensas. Assim propagandas inescrupulosas e informações equivocadas, são muito comuns.
Na verdade, as “fake news” na área da saúde, além de ser uma forma de estelionato, elas fazem parte do código penal como lesão corporal e tentativa de homicídio. Imaginem a quantidade de pacientes que se expõem a práticas publicadas, destacando hormônios anabolizantes, sofrem danos físicos irreparáveis e risco de morte.
Urge uma olhada mais profunda nestes quesitos e punições maiores.
Enquanto isso, nós médicos preocupados com isso, informamos aos nossos pacientes e pedimos a eles:
NÃO ACREDETITE SIMPLESMENTE PORQUE VOCÊ LEU! PERGUNTE AO SEU MÉDICO DE CONFIANÇA ANTES DE CUIDAR DE SI POR “NEWS QUE PODEM SER “FAKE”