O que causa o câncer de mama?
Ainda não existe um conhecimento pleno de todas as causas do câncer de mama; por isso, a principal estratégia de tratamento desta doença visa à sua erradicação cirúrgica na fase inicial de seu desenvolvimento. Alguns fatores de risco estão envolvidos com a maior probabilidade do desenvolvimento desse tipo de câncer, por exemplo: genético, idade acima de 40 anos, gravidez tardia, primeira menstruação precoce, menopausa tardia, antecedente pessoal de câncer, antecedentes familiares de primeiro e segundo graus (avó, mãe, tia irmã e filha) de câncer de mama, dentre outros.
Como se detecta o câncer de mama?
O melhor método para se diagnosticar precocemente o câncer de mama é o exame mamográfico. Por meio dele, podemos identificar a doença antes mesmo dela se tornar um nódulo. A mamografia é um exame indicado principalmente para as mulheres acima de 35 anos, pois nas mulheres muito jovens a imagem mamográfica não apresenta boa definição. Nesses casos, para o diagnóstico, o mastologista pode solicitar outros exames, como a ultrassonografia e a ressonância magnética. Quando associados, eles melhoram as chances diagnósticas pré-terapêuticas.
Como são reconhecidos os sintomas do câncer de mama?
Os sintomas costumam aparecer tardiamente, podendo surgir incialmente o nódulo. Embora a dor seja o sintoma mais frequente que acometem as mamas, ela raramente está relacionada ao câncer, mas à ação hormonal no parênquima (tecido) mamário. Os sintomas de alerta são os seguintes: saliências que ocorrem nas mamas ou axilas, alterações do tamanho e formato das mamas, retrações na pele e no complexo aréolo-mamilar (bico do deio) e secreções papilares espontâneas. É importante ressaltar que, embora esses sintomas sejam considerados como um sinal de alerta, eles não são necessariamente indicadores da existência do câncer, podendo decorrer de patologias benignas.
Quando e como é feita a confirmação diagnóstica?
As pacientes sintomáticas ou aquelas que apresentam alterações detectadas pelos exames de rotina devem ser submetidas a exames complementares – mamografia e ultrassonografia –, para estabelecer o diagnóstico. Outros exames, em situações especiais, podem ser utilizados, como ressonância magnética e cintilografia mamária. A certeza diagnóstica será obtida por meio da biópsia cirúrgica.
O câncer de mama pode ser prevenido?
Não há como fazer a prevenção primária do câncer de mama, que significa evitar que ele apareça. O que se pode fazer é o diagnóstico precoce da doença, que possibilita o aumento das chances de cura. Sendo assim, hábitos saudáveis são aliados importantes e sua adoção é reconhecida como medida que colabora com a menor possibilidade de ocorrência do câncer. São eles: não fumar, ingerir dieta rica em fibras e pobre em gordura, praticar exercícios físicos no mínimo três vezes por semana e evitar contato com agentes químicos cancerígenos.
O câncer de mama tem cura?
Sim. As chances de cura do câncer de mama podem chegar a 100% dos casos detectados na fase inicial. Quanto mais cedo ele for diagnosticado, melhores serão os resultados.
O autoexame é um método diagnóstico?
Ele pode indicar alterações na mama e muitas vezes é o alerta para que as pacientes procurem pelo atendimento médico, mas o autoexame não substitui a mamografia e nem a consulta ao mastologista. Ele é importante para que a mulher conheça o seu corpo.
O câncer de mama é hereditário?
A maior parte dos canceres de mama não. Apenas 10% são considerados hereditários. O risco aumenta quando existem casos de parentes próximas (avó, mãe, tia, irmã e filha) com câncer nas duas mamas ou de ovário e que tenham sido acometidas com menos de 40 anos.
Qual é a periodicidade necessária para os exames de rotina?
Normalmente, o exame de rotina deve ser anual, mas poderá ser feito em intervalos diferentes. O mastologista determinará o prazo ideal para cada caso.
Como é o tratamento do câncer de mama?
O tratamento pode ser cirúrgico, quimioterápico e/ou radioterápico, dependendo do estadiamento da doença.
Quais os tipos de cirurgias existentes?
Os principais tipos de cirurgias existentes são:
– Mastectomia simples: consiste na retirada total da mama;
– Mastectomia radical: consiste na retirada total da mama junto com os linfonodos (gânglios) da axila;
– Setorectomia: consiste na retirada do tumor, com margem livre ao redor do mesmo, com ou sem a retirada dos linfonodos da axila;
– Outras técnicas cirúrgicas podem ser necessárias em função das especificidades de cada caso.
Quando a mama pode ser reconstruída?
A mama pode ser reconstruída no mesmo ato cirúrgico da retirada do tumor, mas também é possível aguardar o final do tratamento para isso. O tempo ideal deve ser avaliado pelo mastologista.
Todas as mulheres com câncer de mama podem fazer a cirurgia de reconstrução mamária?
Na maioria dos casos elas podem se beneficiar da cirurgia de reconstrução mamária.
Fonte: Instituto Brasileiro de Controle do Câncer – ibcc.org