Uma dica que pode ajudar a identificar algum problema ou desvio nos pés é observar a sola dos calçados – a parte que estiver mais desgastada pode indicar uma sobrecarga maior em alguma direção e até mesmo um vício de pisada, como explicou o ortopedista Caio Nery.

Algumas doenças neurológicas enfraquecem os músculos e podem deixar o pé cavo ou chato, ou seja, ter o pé em algum desses formatos pode ser sintoma de um problema mais sério. Quem tem o pé cavo ou chato deve ficar atento também para o uso das palmilhas, que devem ser feitas sob medida e pré-fabricadas com o material adequado.

Para as mulheres que costumam usar salto alto, o ideal é que eles tenham de 2 a 4 cm – acima disso, o pé sofre com o peso e os músculos da panturrilha podem encurtar. Uma dica que pode ajudar é alternar o salto alto com o salto baixo no dia a dia. Para as crianças, o recomendado é que elas brinquem descalças; se isso não for possível, é recomendado o uso de meias antiderrapantes, nunca chinelos ou sapatos de borracha, que oferecem riscos de acidentes.

O médico alerta também para o uso prolongado dos calçados, que pode enfraquecer alguns músculos e dar problemas, como tendinites e até mesmo o pé chato. No entanto, é possível melhorar dores, alongar e fortalecer os músculos dos pés com alguns exercícios simples.

Uma dica é, pela manhã, sentar na cama, cruzar as pernas e com os polegares das mãos, massagear todo o pé, inclusive os dedos. Depois, para alongar, a pessoa pode colocar a mão aberta ou um cinto na planta do pé e puxá-lo em direção à canela.

Outros exercícios também trazem benefícios para a saúde dos pés e utilizam objetos simples, como bolas de tênis, latinhas de bebida, toalhas e bolinhas de gude.

Segundo o médico Marcelo Saad, até descalço é possível se exercitar, ficando na ponta dos pés para fortalecer os músculos que os sustentam. (Fonte: Bem Estar)